A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) ampliará o desconto na conta dos consumidores que economizarem água. Antes, só recebia o benefício quem reduzia o consumo em 20% ou mais. Com a ampliação, consumidores que economizarem entre 10% e 20% também ganham desconto na conta.
A medida objetiva amenizar a crise hídrica, que é a maior da história de São Paulo. Hoje (22), o nível nos reservatórios do Sistema Cantareira registrou nova queda, chegando a um patamar de 3,2% da sua capacidade total de armazenamento. Há um ano, o volume armazenado era 38,1%.
Para manter o abastecimento, a Sabesp deve passar a usar a segunda cota da reserva técnica (volume morto), que acrescentará 106 bilhões de litros ao Sistema Cantareira. O uso dessa cota terá de obedecer a regras que permitam o abastecimento da região metropolitana de São Paulo até abril de 2015, sem prejuízo à bacia hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
A retirada de água da segunda cota do volume morto foi vetada por uma liminar judicial, mas a decisão foi suspensa pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), desembargador Fábio Prieto, a pedido da Sabesp e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee).
Com o novo programa de descontos criado pela Sabesp, as casas que diminuírem entre 10% e 15% no consumo terão um desconto na conta de 10%. Aquelas que baixarem o gasto entre 15% e 20% ganham um desconto de 20%. Já as casas que conseguirem reduzir 20% ou mais continuam se beneficiando do desconto de 30%. O cálculo é feito em relação à média de consumo do período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.
Segundo a Sabesp, o balanço mais recente aponta que 49% dos consumidores receberam o bônus porque reduziram em pelo menos 20% o consumo. Outros 26% baixaram o consumo, mas sem obter a bonificação. Já 25% gastaram mais água do que a média.
O bônus na conta vale para cidades da região metropolitana de São Paulo (Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mairiporã, Mogi das Cruzes (bairros da divisa), Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santana de Parnaíba, São Bernardo do Campo, Suzano, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista e a capital paulista.
Valem também para a região metropolitana de Campinas e região bragantina (Bragança Paulista, Hortolândia, Itatiba, Joanópolis, Monte Mor, Morungaba, Nazaré Paulista, Paulínia, Pinhalzinho, Piracaia e Vargem). A proposta será enviada à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), que definirá quando as novas faixas entrarão em vigor.
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