O senador Gim Argello (PTB-DF) desistiu de disputar uma vaga para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Gim tinha sido indicado para ocupar o lugar do ministro Antônio Valmir Campelo Bezerra, que se aposentou. Entretanto, o senador enfrentou forte resistência de senadores oposicionistas e independentes por causa dos processos a que responde na Justiça por crimes contra a administração pública.
"No momento em que a honrosa indicação do meu nome para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União é usada como instrumento de disputa política em ano eleitoral, entendo que devo abrir mão desta honraria", diz a nota oficial divulgada no site do senador.
Gim sofreu a primeira derrota na última terça (8), quando o plenário do Senado votou contra um requerimento de urgência para votação da indicação dele. A urgência evitaria que o senador passasse por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, onde seu currículo seria analisado. No momento em que o plenário recusava o pedido de urgência, um grupo de auditores do TCU também se manifestava contra a indicação de Gim para o cargo, alegando que ele não tem reputação ilibada, nem notório conhecimento para a função - requisitos para um ministro do TCU.
Ontem (09), os líderes dos quatro partidos de oposição - DEM, PSDB, PSB e PSOL - apresentaram projeto de decreto legislativo indicando o consultor de orçamento do Senado e auditor do TCU, Fernando Moutinho Ramalho Bittencourt para disputar a vaga. Com 13 anos de experiência em administração e finanças públicas, Bittencourt foi considerado pelos senadores de oposição como alguém que "atende às exigências constitucionais para o exercício desse elevado cargo", conforme justificativa do projeto.
Na nota em que abre mão da indicação, Gim Argello agradeceu às lideranças que o indicaram e concluiu reafirmando seu "compromisso com o povo do Distrito Federal, com a sociedade brasileira, com o Senado da República, com o Partido Trabalhista Brasileiro".
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